ChatGPT-7

O horizonte do ano 2034 é delineado por uma revolução tecnológica profunda, personificada pela aguardada chegada do ChatGPT-7. Este não é apenas um avanço em inteligência artificial, mas um catalisador para a interação entre humanidade e tecnologia. Enquanto adentramos um mundo que mistura IA doméstica, criptografia pós-quântica e transformações na programação, a dualidade entre o digital e o humano exige maior autenticidade. Neste cenário, os desafios éticos, sociais e legais tornam-se cruciais.

Esse é um artigo um pouco diferente dos habitais do blog: trata-se de um ensaio filosófico sobre como pode ser o ano de 2034. O artigo ChatGPT-7 vem da observação cuidadosa do ano de 2023 e das perspectivas políticas, econômicas, etc. (PESTEL) para um distópico ano de 2034. Não é tão longe assim, mas tudo indica que as mudanças que ocorrerão em breve serão dramaticamente transformadoras. O artigo considerará que estamos efetivamente vivendo o ano de 2034 tecendo algumas hipóteses criativas.

Contexto: Revolução da revolução

À medida que ingressamos em janeiro de 2034, aguardamos ansiosos o lançamento do ChatGPT-7. Trata-se de uma promessa que ecoa as revoluções anteriores como a internet em 1990-2000 e do ChatGPT-5 em meados de 2024. Desta vez, a promessa é mais ousada: redes de Bots de IA capazes de absorver insights de qualquer rede IA doméstica.

O ChatGPT-5 é um divisor de águas ao capacitar a IA não apenas para antecipar o resultado final de um contexto, mas para compreender seu processo intermediário. Essa capacidade possibilitou produzir fórmulas matemáticas; fazer inferências complexas equiparáveis à teoria da relatividade de Einstein; elaborar ensaios sobre física quântica; e até sugerir novos corpos celestes no universo. A introdução da loja de aplicativos amplificou as aplicações práticas, dando origem a uma nova classe de sistemas de desenvolvimento baseada na colaboração entre essas entidades digitais.

Naquela época, muitas empresas construíam sistemas personalizados que se integravam o ChatGPT como uma camada de inteligência. Contudo, com a ascensão das lojas de aplicativos no chat, uma mudança significativa ocorreu, unificando todo o processo dentro do contexto da OpenAI. Este novo paradigma não apenas simplificou o desenvolvimento, mas também fomentou uma colaboração mais aberta e acessível entre as entidades digitais.

À medida que nos aproximamos do lançamento do ChatGPT-7, é evidente que estamos prestes a testemunhar não apenas uma evolução tecnológica, mas uma transformação na própria natureza da colaboração e das inteligências artificiais.

IA Doméstica

Num cenário dominado pela inteligência artificial (DIA) doméstica, cada indivíduo possui suas próprias IAs personalizadas, incorporadas em itens cotidianos como relógios, camisas, trancas inteligentes e lâmpadas. Esse fenômeno transcende o antigo conceito de bigdata, agora denominado bigIA, pois lida simultaneamente com uma multiplicidade de n Vs (velocidade, variedade, etc.) + IA imediata.

No âmbito da medicina diagnóstica, testemunhamos outra revolução. A abundância de dados gerados por dispositivos IoT permite análises em tempo real, redefinindo a prática de interpretar e compreender dados de saúde. Não apenas sanitários analisam a urina a cada vez que os utilizamos, mas colheres, espelhos, pentes, escovas de dente, etc. A infraestrutura de tecnologia da informação torna-se uma peça fundamental na informatização global, encarregada de gerenciar a complexidade resultante da interconexão crescente entre dispositivos e dados numa escala mundial.

Transfer Learning doméstico

Agora imagine a possibilidade de uma inteligencia absorver o conhecimento de outra? Pois bem, mais do que isso, há o uso abundante de IAs de propósito geral (AGI) que aprendem umas com as outras, de maneira interativa e dinâmica. E por fim todas as casas, wearables, ruas, etc. possuem tais capacidades. Hoje em 2034 é comum que todos tenham uma espécie de Jarvis* de bolso.

Semana da arte de 2032: A revolução da arte

A arte de hoje é superestimulante e sob medida, que assusta quem viveu a arte classica dos anos 2000. É comum festas com cameras e aparelhos que identificam quem está presente. A partir de análises do jeito de falar, se vestir, etc. musicas são criadas naquele momento, no estilo, ritmo e tempo que mais agrada aos presentes, com feedbacks constantes.

Agora, na minha casa, minha filha ao ouvir uma musica que não gosta ela tem a opção de passar para a próxima ou estilizar, transformando um funk numa bossa nova ou polka, tudo em tempo real. E além disso os filmes podem ser modificados ao longo da sua execução ou serem feitos imediatamente, bastando fazer um prompt simples para sua IA doméstica.

Energia

Com a ajuda do antigo ChatGPT-5 (2024) e outros modelos da época o projeto que nasceu em 2023 de um motor baseado em fusão nuclear se tornou uma realidade inutilizando todos os combustíveis fósseis, usinas nucleares, freaking, hidroelétricas e afins. Esse modelo é eficiente, pouco poluente e com alto potencial energético, avançando a humanidade em alguns pontos na escala de Kardashev.

Toda mudança brusca na distribuição da energia criada no mundo gera interesses, riqueza, concentração de recursos e disputa. Nesse caso, assim como vários outros, conflitos surgiram com o objetivo de controlar tal tecnologia, entretanto a IA doméstica deu a todos parte desse fogo dos deuses e progressivamente removeu a necessidade desse tipo de conflito.

Moda e publicidade

Em 2034, a indústria da moda enfrenta uma revolução com modelos (mulheres e homens) sintéticos criados sob medida para publicidade. Empresas podem moldar representações digitais específicas para campanhas, eliminando a necessidade de contratar os modelos tradicionais. Essa eficiência é estendida à publicidade personalizada, onde inteligências artificiais analisam individualmente o perfil de cada pessoa, adaptando estratégias de marketing de em tempo real e sob medida.

Em 2024 os estudos de neuromarketing, marketing de conteúdo, marketing digital, etc. aproveitavam parcialmente as potencialidades da IA mas hoje isso é popular para qualquer profissional da área.

Criptografia

O panorama da criptografia até 2034 é marcado pela obsolescência dos padrões até então estabelecidos, devido à quebra do RSA e outros algoritmos frente à ascensão da computação quântica e IA. A quebra do RSA, outrora considerado intransponível, impulsionou a necessidade de reimaginar os fundamentos da segurança digital. Surgiram padrões de criptografia pós-quântica, como Lattice-based cryptography e outros, projetados para resistir aos desafios impostos pela computação quântica, oferecendo uma nova camada de proteção digital.

Entretanto essa transição não foi isenta de desafios. O período de coexistência entre sistemas clássicos e pós-quânticos exigiu estratégias flexíveis, equilibrando a segurança imediata com a preparação para a era pós-quântica.

Expressão, liberdade, fake news e NFT

O contraste entre a vida digital e a experiência humana real se acentua. Ambientes digitais tornam-se facilmente falseáveis. Toda informação digital pode ser falsa, tanto foto, vídeo quanto o que quiser. Desse modo houve uma valorização significativa das experiências autênticas. Participar de eventos ao vivo, interagir face a face, a retomada do gosto por arquitetura barroca ou esculturas. Experimentar o mundo real ganhou uma relevância renovada em meio à inautentibilidade digital.

Nesse cenário as antigas NFTs, inicialmente colapsadas pelo excesso de especulação, ressurgiram como uma forma de dar autenticidade no meio digital, desde que se confie na entidade emissora do token.

OpenWorld e o desenvolvedor moderno

A evolução na capacidade de processamento e automação redefine radicalmente o trabalho dos programadores desde 2025 até 2034. A execução de cálculos matemáticos complexos torna-se trivial, permitindo que a programação se concentre na clara orientação dos objetivos de negócios e intenções estratégicas.

Do ponto de visto arquitetural, como dizia Brooks, (1988), esses são os elementos essenciais do software que existem, independemente de qualquer coisa. Ainda que hajam automatizações e simplificações:

  1. a necessidade da especificação;
  2. A estruturação do design (como DDD, por exemplo); e
  3. do teste da construção conceitual.

Já os demais elementos são automatizaveis pelas IAs (ChatGPT-7). Com isso, o papel do programador muda de uma ênfase em codificação detalhada para uma abordagem mais abstrata e estratégica, tanto no ambiente empresarial quanto no mundo hiperconectado e inteligente (OpenWorld).

Desde o ano de 2026 os programadores não apenas se preocupam com o código em si, mas com as camadas de inteligência. Também com os dispositivos de IoT envolvidos, com a bigAI, arquitetura corporativa e a contínua entrega de valor.

Conclusão de ChatGPT-7

O horizonte do ano 2034 é delineado por uma revolução tecnológica profunda, personificada pela aguardada chegada do ChatGPT-7. Este não é apenas um avanço em inteligência artificial, mas um catalisador para a interação entre humanidade e tecnologia. Então, por um lado entramos num mundo que mistura IA doméstica, criptografia pós-quântica e transformações na programação; por outro a dualidade entre o digital e o humano exige maior autenticidade. Neste cenário, os desafios éticos, sociais e legais tornam-se cruciais.

A mudança no papel do programador (com ou sem o ChatGPT-7), partindo de uma ênfase na codificação para uma visão estratégica e orquestração. Trata- de algo quase kafkiano. Enquanto enfrentamos o desconhecido, as palavras de ordem para esse futuro incerto são: adaptação, inovação e equilíbrio.


Thiago Anselme
Thiago Anselme - Gerente de TI - Arquiteto de Soluções

Ele atua/atuou como Dev Full Stack C# .NET / Angular / Kubernetes e afins. Ele possui certificações Microsoft MCTS (6x), MCPD em Web, ITIL v3 e CKAD (Kubernetes) . Thiago é apaixonado por tecnologia, entusiasta de TI desde a infância bem como amante de aprendizado contínuo.